Realizada na tarde desta quarta-feira, 10, no plenário da Câmara Municipal de Sorocaba, por iniciativa do vereador Vinícius Aith (PRTB), a audiência pública sobre a exigência de passaporte sanitário que comprove a vacinação contra covid-19, como condição para acesso a determinados locais no município, reuniu cerca de 100 pessoas.
Aith é autor do Projeto de Lei nº 325/2021 que prevê a proibição da exigência do passaporte na cidade, a ser discutido nos próximos dias na Câmara, e abriu o debate e explicou que não se trata de ser contra a vacina, mas de defender o direito do cidadão de não se submeter a um procedimento que está em fase experimental – cujos efeitos futuros ainda são desconhecidos – e de não sofrer discriminação.
A audiência contou com a com a participação presencial do vereador Dylan Dantas (PSC), dos especialistas Dr. Alessandro Loiola (médico cirurgião-geral e escritor), Dr. Carlos Eduardo Nigro (médico otorrinolaringologista), Dra. Maria Emília Gadelha (médica otorrinolaringologista/ Ozonioterapia); além da Dra. Akemi Shiba (médica psiquiatra), da Dra. Roberta Lacerda (médica infectologista), do Dr. Vitor Hugo Nicastro (promotor de Justiça) e do professor Hermes Nery (especialista em Bioética) – por uma plataforma eletrônica.
Dr. Loiola explicou que ainda não houve avaliação adequada dos critérios de segurança das vacinas, uma vez que não se sabe o tempo de validade da imunização; quantas doses são necessárias se a vacina evita a transmissão; os efeitos a longo prazo; o risco para pessoas com mais de 65 anos, em gestantes e em crianças e adolescentes.
“Se você não sabe nem quantas doses do remédio são necessárias, nem qual é a posologia, os efeitos colaterais que aquele remédio pode causar a curto, a médio e a longo prazos, eu não chamo isso de remédio, eu considero um experimento; e querem colocar você, seus filhos e seus pais no meio desse experimento”, ponderou o médico.
Os convidados mostraram dados mundiais que apontam problemas relacionados às vacinas e defenderam o direito do cidadão de não se expor aos riscos, além dos prejuízos de se restringir o direito de ir e vir da população, utilizando como critério a adesão à vacina. Parentes de pessoas que morreram depois de tomar uma ou duas doses do imunizante também fizeram uso da palavra para demonstrar sua frustração e indignação, além da falta de ter a quem recorrer no momento das perdas.
Ao final da audiência, o vereador Aith apresentou um vídeo que fez com o prefeito Rodrigo Manga (Republicanos), em que o chefe do Executivo afirma que é entusiasta da vacina, mas contra o passaporte sanitário e que, no que depender do Município, não haverá lei que crie esse entrava na cidade, a exemplo de uma outra proposta que tramita na Câmara Municipal.