Foi protocolada na Câmara Municipal de Sorocaba, nesta quinta-feira (23), uma moção de repúdio, proposta pelo vereador Aith (PRTB), também assinada pelos vereadores Luis Santos (Republicanos) e Dylan Dantas (PSC), contra o comportamento da primeira-dama do país, Rosângela Santos, mais conhecida por Janja, diante da tragédia que acometeu cidades de São Paulo.

A moção cita a participação de Janja no Carnaval da Bahia, no mesmo período em que o litoral norte do estado de São Paulo enfrentou desastres naturais por conta de fortes chuvas, inundações, deslizamentos de barreiras, destruição de vias, desabamentos de residências; catástrofe que deixou ao menos 44 mortos, 1,7 mil desalojados, 800 desabrigados e 49 desaparecidos e que comoveu todo o país.

O documento ressalta que, enquanto o Governo do Estado montou uma força tarefa para ajudar as comunidades devastadas – em que foi decretado estado de calamidade pública – onde faltavam alimentos, remédios, atendimento médico e água, entre outros itens, a primeira-dama do Brasil posava para fotos, “pulando o Carnaval”, indiferente ao luto e ao caos provocados pela tragédia.

O vereador argumenta ainda “que durante o período eleitoral, assim como na época da transição entre governos, Janja teve participação ativa, indicando inclusive conhecidos para ocupar cargos públicos, além de acompanhar o marido, o presidente Luis Inácio Lula da Silva, numa série de eventos oficiais, como reuniões de ministérios e agendas de Lula no exterior”.

O principal motivo do repúdio é que mesmo ciente da tragédia que se abateu no litoral norte paulista, Janja não acompanhou o marido em visitas às regiões afetadas, que seria o comportamento esperando de uma primeira-dama, e permaneceu em clima de festa nos blocos e em camarotes da Bahia – onde aparecia sempre pulando e dançando ao ritmo frenético das bandas carnavalescas – numa demonstração de total falta de empatia com o luto e o sofrimento de milhares de brasileiros.

A atitude da primeira-dama, segundo o texto,  contrastou com as ações de mulheres que estiveram anteriormente na sua função, a exemplo de Michele Bolsonaro, esposa do ex-presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, sensível às causas sociais e de inclusão, do início ao término do governo do marido. A Moção deverá entrar em votação nos próximos dias no Legislativo, e, se aprovada, Janja, assim como os prefeitos das cidades em estado de calamidade pública, receberão uma notificação a respeito.

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