Dando sequência aos trabalhos, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) – presidida pelo vereador Vinícius Aith (PRTB) – que investiga a compra milionária de livros paradidáticos na antiga administração Municipal, irá ouvir, nos próximos dias, novas testemunhas, antes da apresentação do relatório final.

Nesta segunda etapa, serão convocadas 14 pessoas, entre elas servidores públicos e sócios da empresa GM Quality Comércio LTDA. – fornecedora dos livros à Prefeitura de Sorocaba – e que é suspeita de fraudes em processos públicos para a Educação, como pagamento de propinas e superfaturamento, em estados como Pernambuco e Rio Grande do Sul.

Os vereadores já sabatinaram 12 pessoas, entre servidores públicos, a ex-prefeita Jaqueline Coutinho (MDB) – que autorizou a compra dos livros –, o atual secretário Municipal da Educação, Márcio Bortolli Carrara, e o corregedor-geral do Município, Carlos Alberto de Lima Rocco Junior.

O corregedor está à frente de um Processo Administrativo, chamado Correição Extraordinária – instaurado em casos considerados graves, como a aquisição de mais de um milhão de livros paradidáticos infantis, no valor de quase R$ 30 milhões de reais, sem licitação, às vésperas do final do mandato da ex-prefeita.

Em seu depoimento à CPI, Rocco afirmou que foram constatadas várias irregularidades no processo de aquisição dos livros: compra de livros de inglês para uma faixa etária que não estuda o idioma, quantidade de exemplares em excesso, títulos com ortografia desatualizada, cerca de meio milhão gastos com a assinatura digital temporária de enciclopédia (que nunca foi usada), preços muito acima do que foi pago por Votorantim – que optou pela licitação.

Com base no que for apurado durante as oitivas e nos documentos recebidos, a comissão irá apresentar um relatório final aos demais vereadores em plenário, antes de encaminhar cópia do material aos órgãos competentes, como o Tribunal de Contas, o Ministério Público e o próprio Executivo.

 

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