Na tarde desta quinta-feira (02), o vereador Aith (PRTB) recebeu em seu gabinete mães que fazem parte do Conselho de Usuários do Transporte Público Especial de Sorocaba, juntamente com dois técnicos da Urbes, para intermediar solução para problemas no sistema.
As munícipes relataram que a empresa terceirizada Consórcio Mobility Transportes deixa a desejar nos serviços prestados na cidade; relatando situações recorrentes de atraso nas viagens regulares, falta de funcionários, dificuldade de comunicação, defeitos mecânicos nos ônibus, falta de limpeza nos veículos.
“Em um mês meu filho perdeu sete sessões de fisioterapia por causa de atraso do transporte especial, sem falar que numa ocasião tivemos que ir à garagem para trocar de motorista e faltava agente de bordo; outro dia, meu filho, que usa sonda gástrica, ficou três horas no ônibus circulando pela cidade”, reclamou Carina Borges de Lima.
Ainda de acordo com as mães, a falta de organização da empresa provoca insegurança, já que várias vezes o transporte deixa de buscar o usuário sem nenhuma explicação. “Temos situações de pacientes que perderam a vaga no tratamento do SUS pelo número de faltas”, reclamou Jacilene Silva de Oliveira.
Os técnicos da Urbes afirmaram que atualmente existem 633 pessoas cadastradas no serviço de transporte especial, atendidas por 31 veículos, que realizam oitocentas viagens por dia. O maior problema da logística seria o fato dos 62 mapas de ordens de serviço serem preenchidos diariamente de maneira manual.
O diretor de controle operacional da Urbes, Cristiano Melo, disse ainda que, no final deste mês, um programa informatizado de roteirização entrará em fase de teste. “Acreditamos que até o final de abril iremos otimizar o serviço do transporte especial, enquanto isso, iremos verificar cada reclamação dos usuários”, afirmou.
O vereador Aith, presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Doenças Raras, se dispôs a contribuir com a fiscalização do serviço da empresa terceirizada. “Não bastassem as dificuldades do dia a dia que essas famílias enfrentam, ainda não podem contar com a eficiência do transporte pelo qual a Prefeitura paga”, reclamou.